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Você pode comer sushi enquanto amamenta?

Muitas diretrizes recomendam evitar o sushi durante a gravidez, mas os amantes desse prato japonês ficarão satisfeitos em saber que podem aproveitar esse alimento novamente depois que o bebê nascer.

Embora o sushi seja adequado para comer durante a amamentação, as mulheres devem continuar a evitar certos tipos de peixe com alto teor de mercúrio.

Muitos outros tipos de peixe, tanto cozidos como crus, oferecem benefícios para a saúde tanto da mulher quanto do bebê.

É seguro comer sushi durante a amamentação?

Sim, o sushi é seguro para ser ingerido enquanto amamenta, desde que sua origem seja de um restaurante respeitável que use peixes de alta qualidade e de fontes confiáveis. Se a origem do peixe não for clara, é melhor pedir informações ao pessoal do estabelecimento.

 

Mulheres grávidas precisam evitar o peixe cru, pois as bactérias e os parasitas representam um risco para o feto. No entanto, há pouco ou nenhum risco desses patógenos passarem para o bebê por meio do leite materno, o que significa que o sushi é seguro para ser consumido durante a amamentação.

Aquelas que amamentam devem evitar comer qualquer peixe que contenha altos níveis de mercúrio, independentemente dele estar cru ou cozido. É possível que algum mercúrio passe para o bebê pelo leite materno.

Embora a quantidade de mercúrio que atinge o leite materno seja muito pequena, as crianças são particularmente suscetíveis a toxinas. O mercúrio pode afetar o cérebro e o sistema nervoso de um bebê em crescimento.

Peixe cozido e amamentação

O peixe cozido oferece muitos benefícios à saúde de mulheres que amamentam e bebês amamentados. O peixe de água fria, em particular, é rico em vitamina D e ácidos graxos ômega-3. Também é rico em proteínas e pobre em gordura saturada.

Os benefícios para a saúde do peixe para bebês são devidos principalmente ao conteúdo de ômega-3, que promove boa visão e desenvolvimento cognitivo.

Um guia de dietas norte-americano, por exemplo, recomenda que as mulheres que amamentam comam pelo menos 230 gramas de frutos do mar, incluindo peixes e mariscos, por semana.

 Melhores e piores peixes para comer

A FDA recomenda que nem todos os peixes sejam seguros para as mulheres que amamentam. De acordo com a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, a Anvisa de lá, algumas das melhores escolhas de peixe para mulheres grávidas e lactantes são:

=anchova
=molusco
=bacalhau
=caranguejo
=arinca
=pescada
=arenque
=ostra
=cavalinha
=poleiro
=pollock
=salmão
=sardinha
=vieira
=camarão
=patim
=solha
=tilápia
=truta
=atum, enlatado
=badejo, incluindo peixe e marisco, por semana.

 A FDA recomenda comer 2 a 3 porções por semana desses peixes. Uma porção de peixe de tamanho adulto é de 114 gramas. Mulheres grávidas e lactantes devem evitar comer tipos de peixe que contenham altos níveis de mercúrio, tais como: =cavala do rei=marlin=peixe-relógio=tubarão=peixe-espada=atum=Priacanthidae (peixe australiano)

Mulheres que comem grandes quantidades de peixe enlatado devem monitorar sua ingestão de sódio para garantir que ele permaneça abaixo do limite recomendado. Mesmo alguns dos peixes que são seguros para comer, como anchovas, podem ter alto teor de sódio quando enlatados.

Listeriose e contaminação cruzada

Um dos principais riscos de comer sushi cru é que aumenta a possibilidade de contrair uma doença transmitida por alimentos, como a listeriose. Ela resulta da infecção pela bactéria Listeria monocytogenes.

Os sintomas da infecção por listeria incluem:

=diarrreia
=febre
=dores musculares
=náusea
=vômito

As grávidas que adquirem listeriose podem passar o patógeno para o bebê em desenvolvimento por meio da placenta, o que pode resultar em morte fetal, perda de gravidez ou trabalho de parto prematuro. Listeria é uma preocupação menor para as mulheres que amamentam, porque as bactérias não passam por meio do leite materno para o bebê. A contaminação cruzada é outro risco associado à ingestão de sushi. Ela ocorre quando as pessoas que trabalham em cozinhas de restaurantes usam as mesmas ferramentas para preparar peixe cozido e não cozido. Pessoas que pedem peixe cozido podem adoecer devido a bactérias e patógenos que foram transferidos para a refeição do peixe cru.

Alternativas 

Para as mulheres que gostam de sushi, mas não querem comer peixe cru durante a amamentação, as opções de sushi vegetariano oferecem uma alternativa saborosa.

Por exemplo, elas podem escolher rolos de vegetais maki contendo abacate, pepino e daikon em conserva e cubra-os com wasabi e molho de soja a gosto. Outras opções vegetarianas incluem nigiri vegetal e inari.

Vale a pena notar que essas opções vegetarianas não contêm certos nutrientes, como os ácidos graxos ômega-3 ou a vitamina D, mas eles estão disponíveis em outras fontes.

Evite doenças relacionadas com alimentos durante a gravidez ou a amamentação

Mulheres grávidas e que amamentam podem reduzir o risco de se sentirem mal ao comer sushi ou outros alimentos, fazendo o seguinte:

=Comer em restaurantes conceituados.
=Perguntar aos funcionários do restaurante onde eles compram seus peixes e como eles lidam com seus alimentos.
=Praticar técnicas seguras de manipulação de alimentos ao preparar alimentos em casa usando diferentes utensílios e superfícies para alimentos crus e cozidos.
=Lavar bem as mãos depois de tocar em peixe ou carne crua.
=Evitar alimentos com datas de validade expiradas.
=Manter o refrigerador na temperatura correta e limpá-lo regularmente para evitar o crescimento de bactérias.

“No meu livro A Dieta da Fertilidade, escrito a quatro mãos com uma nutricionista, citamos as qualidades da dieta mediterrânea, que inclui o consumo de peixes. Essa dieta vem sendo recomendada como um modelo de alimentação saudável e praticada em diferentes partes do mundo por apresentar efeitos benéficos para a saúde humana, mais especificamente pela redução do risco de doenças cardiovasculares, e pela oferta abundante de alimentos ricos em fibras, vitaminas e nutrientes antioxidantes. E, claro, ajudando na melhora da fertilidade”, afirma o Dr. Arnaldo Cambiaghi,especialista em Medicina Reprodutiva Arnaldo Cambiaghi, diretor do Centro de Reprodução Humana do IPGO

Fonte: MedicalNews Today

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